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Autorretratos: 5 anos depois

  • Foto do escritor: R4M0N4
    R4M0N4
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Desde o momento em que eu aprendi a desenhar e pintar fui compelida a fazer autorretratos.


Acredito ser um ótimo exercício de autoconhecimento e autoexpressão, pra mim o autorretrato pintado é capaz de capturar um momento de forma diferente do que uma fotografia é capaz. A pintura é um processo mental, a fotografia físico.


Na pintura eu passo horas com a imagem, trabalhando cada canto dela, imersa tanto no processo de pintura quanto no processo interno de reflexão, quem eu sou e o que eu estou eternalizando nesta imagem.


Numa mistura de pinceladas conscientes, sub e inconscientes, um questionamento perdura: Como fazer esta imagem refletir um aspecto meu que é tão abstrato e subjetivo que é difícil colocar em palavras?


A pergunta é combustível para ir até o final do processo e ela não necessariamente é respondida. Não é sobre a resposta, é sobre a busca.


A busca é eterna, faz parte do porquê estamos aqui, e ela acontece 100% do tempo (agora) de formas diferentes.


É impossível ignorar a busca, mas é possível se esquecer ou se distrair.


Como artista, pintar autorretratos é uma forma de explorar essa busca que conecta vários pontos importantes que formam nossa identidade e autoimagem, mas houve um período em que eu me afastei deles.


Estes foram os últimos* autorretratos que eu fiz antes de #transicionar, os 4 em estilos bem diferentes, gosto muito deles.



Pensando um pouco mais sobre como eu me sinto em relação à estes autorretratos, enxergo minhas diferentes expressões através do tempo com um olhar temperado por dicotomias.


Eu consigo identificar parte da subjetividade que sempre existiu dentro de mim, assim como também dou de cara com partes de mim que já descartei.


Encarar essas partes nem sempre foi confortável, embora eu não soubesse exatamente o porquê.


Então por um breve período eu troquei a ferramenta de busca, deixei de lado os autorretratos pintados e passei a explorar mais a fisicalidade do meu corpo com autorretratos fotográficos.


Foram muitas fotos, com intuito de experimentar novas expressões e ideias. Iluminação, acessórios, enquadramentos, profundidade, cores, maquiagem, roupas e expressões faciais, tinha muito o que explorar.


Algumas delas foram postadas em algum lugar, outras não.


Nessa brincadeira descobri algumas coisas óbvias sobre mim e outras não tão óbvias, acabei com mais perguntas do que respostas, vejo isso como algo positivo.


Isso levou ao primeiro post dessa conta:


ree

E esse post foi o primeiro passo para a minha música MATRiX, o tema é o mesmo:


A partir daí foi uma cascata de eventos deliciosamente dolorosa e profunda que me mudou pra sempre.


O que nos traz para o momento atual, 5 anos depois eu retorno aos autorretratos com um novo olhar sobre mim mesma, e nesta imagem consegui refletir um aspecto subjetivo que antes não havia sido expressado externamente, e mais uma vez perseguir um instinto criativo se mostra ser extremamente valioso.


Autorretrato - 2025
Autorretrato - 2025

E vamos combinar que é muito gostoso alinhar o mundo externo ao interno.

É isso.


-R4M0N4

*na verdade o último autorretrato que eu fiz antes deste de 2025 foi um de 2021 motivada por uma brisa de cogu, nunca foi postado, se você quiser saber mais sobre me pergunte sobre a Curupira.



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